Este texto multilingual lo elaboramos colectivamente para la primera exhibición de nuestro trabajo textil en Study, Brunswick, Australia. Mayo, 2020
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La arpillera es una metodología textil que emerge desde la necesidad de mujeres de comunicar; contar historias, articular experiencias colectivas y/o denunciar lo que por razones políticas no se puede decir con palabras. Durante las dictaduras militares en Chile y Perú a fines del siglo XX, las arpilleras se convirtieron en un arte de resistencia, que hasta hoy continúan la matriz del pensamiento textil que sustenta el conocimiento y la memoria de los pueblos Latinoamericanos.
Hace tres años un grupo de mujeres y disidencias migrantes latinoamericanxs formamos la Colectiva feminista de Abya Yala en Naarm (Melbourne). Actualmente, nos reunimos semanalmente en Blak Dot Gallery para leer, cantar, (des)aprender, discutir y tejer nuestros sentires y pensares en arpilleras, al mismo tiempo que resistir juntxs los desafíos de la identidad migrante latina.
Nos moviliza entender la memoria política y las violencias históricas desde nuestros cuerpos, y comprender juntxs los efectos y conflictos que nos han impuesto la colonización, el capitalismo y la opresión patriarcal. Juntxs nos sanamos, honramos a nuestras abuelas y tejemos una historia otra desde y para el Sur.
Nos reconocemos también en solidaridad con los Pueblos Indígenas de Australia y específicamente las tierras y aguas de Wurundjeri country de las naciones Kulin donde habitamos, pensamos y tejemos. Honramos la continuidad y resiliencia de los pueblos locales y sus saberes ancestrales.
Ante la imposibilidad de reunirnos y respondiendo al desafío de cómo hacer comunidad bajo las condiciones de aislamiento social debido al COVID-19, aceptamos la invitación a compartir esta arpillera con la comunidad local, y quisiéramos también desde aquí extenderles el acceso a parte del material que nos inspira, disponible actualmente en un espacio colectivo/virtual que ha estado gestándose durante el periodo de cuarentena.
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The arpillera is a textile methodology that emerges from the need of women to communicate; tell stories, articulate collective experiences, and denounce that which for political reasons cannot be said in words. During the military dictatorships in Chile and Peru at the end of the 20th century, the arpilleras became an art of resistance which to this day continues the relational matrix that sustains the knowledge and memory of Latin American peoples.
Three years ago, a group of Latin American migrant women and gender/sexual dissidents formed La Colectiva Feminista de Abya Yala en Naarm (Melbourne). We meet weekly at Blak Dot Gallery to read, sing, (un)learn, discuss and weave our feelings and thoughts on arpilleras, while we resist and contest the challenges of the migrant identity of women of colour.
What mobilises us is to understand the effects of political memory and historical violence within our bodies, and collectively navigate the consequences and conflicts that colonisation, capitalism and patriarchal oppression have imposed on us. Together, we heal and honour our mothers and grandmothers, and weave stories from and to the South.
We also stand in solidarity with First Nations peoples of Australia. We acknowledge and pay deep respect to the land and waters of Wurundjeri country where we live, meet, think, and make together. We honour the continuity and resilience of First Nations peoples and their ancient knowledge systems.
Faced with the impossibility of meeting, and responding to the challenge of how to make community during COVID-19 lockdown, we accepted the invitation to share this arpillera with the local community. We would also like to extend an invitation to access some of the material that inspires us, currently available in a collective and virtual space that we’ve been developing during the period of social isolation.
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Versão em portugues
A arpillera é uma metodologia têxtil que emerge da necessidade das mulheres se comunicarem; contar histórias, articular experiências coletivas e denuncie aquilo que, por razões políticas, não pode ser dito em palavras. Durante as ditaduras militares no Chile e no Peru, no final do século XX, as arpilleras se tornaram uma arte de resistência que até hoje continua a matriz relacional que sustenta o conhecimento e a memória dos povos latino-americanos.
Há três anos, um grupo de mulheres migrantes latino-americanas e dissidentes de gênero / sexo forma a Colectiva Feminista de Abya Yala em Naarm (Melbourne). Nos reunimos semanalmente na Blak Dot Gallery para ler, cantar, (des) aprender, discutir e tecer nossos sentimentos e pensamentos enquanto bordamos a arpilleras, ao mesmo tempo resistimos e contestamos os desafios da identidade migrante de mulheres de cor.
O que nos mobiliza é entender os efeitos da memória política e da violência histórica em nossos corpos e coletivamente navegar pelas consequências e conflitos que a colonização, o capitalismo e a opressão patriarcal nos impuseram. Juntos, curamos e honramos nossas mães e avós, e tecemos histórias de e para o sul.
Também apoiamos a solidariedade com os Primeiros Habitantes da Austrália. Reconhecemos e prestamos profundo respeito à terra e às águas do país de Wurundjeri onde vivemos, nos encontramos, pensamos e fazemos juntos. Honramos a continuidade e a resiliência dos povos das Primeiras Nações e seus antigos sistemas de conhecimento.
Diante da impossibilidade de reunião e de responder ao desafio de como criar comunidade durante o bloqueio do COVID-19, aceitamos o convite para compartilhar essa arpilera com a comunidade local. Também gostaríamos de fazer um convite para acessar parte do material que nos inspira, atualmente disponível em um espaço coletivo e virtual que desenvolvemos durante o período de isolamento social.